terça-feira, 21 de maio de 2013

Não Vou Perder Você


  
Capítulo 32



 
Ela o puxou e o beijou, ele sorriu entre o beijo e colocou as mãos na cintura dela, já Lua enterrou as mãos no cabelo dele puxando de leve, quando faltou ar eles pararam com selinho.
 
 
Lua: Eu amo você.
 
Fernando: também te amo.

...

duas batidinhas na porta os interromperam e a porta se abriu, era a enfermeira trazendo Mellody novamente, dessa vez a pequena vinha quietinha, com os olhinhos bem abertos.

Rose: olha só quem veio mamar de novo, mamãe! – disse balançando a cabeça, a pequena deu um sorrisinho. – ela sorriu, está sorrindo desde cedo.
Lua:  você tá quietinha hoje meu amorzinho? – Lua disse a pegando e a colocando perto de seu rosto. – ai mamãe eu ainda sou muito molinha pra ficarem me pegando assim, desse jeito. – ela disse com voz de bebê.
Fernando: acho que ela quer mamar...
Lua: sim, mas ela está tão quietinha... – disse virando a pequena, e arrumando a blusinha dela, que estava subindo. – me deixa ver com tá o umbiguinho dela. – mordeu o lábio. ela afastou a fraldinha e viu por dentro, o umbiguinho parecia bom. a bebê olhava pra ela com a mãozinha na boca. – tá olhando pra mamãe meu amor? – disse maravilhada. 
apoiou a mão na cabecinha dela e a virou fazendo-a deitar no peito dela.
Fernando: hey filha deixa a mamãe da atenção ao papai também 

Mellody soltou o peito e encarou o pai.

Fernando: é filha...
Lua: Fe, faz ela arrotar? eu preciso de um banho urgente, daqui a pouco a enfermeira vem buscar ela.
Fernando: claro, me dê ela. – ele pegou a pequena no colo e a segurou com cuidado. – quer ajuda pra levantar?
Lua: não, eu consigo levantar sozinha. – ela disse enquanto levantava. – não se preocupe. – ela levantou e entrou no banheiro.

Fernando ficou com a bebê no colo. batendo nas costinhas dela de leve para que arrotasse, o que não demorou nada. assim que ela arrotou ele pegou a sacolinha que tinha trago,e esqueceu de amostrar a Lua.

Fernando: olha só o que o papai trouxe pra você princesinha... – ele tirou uma caixinha da sacola, e a abriu, tirando uma linda pulseirinha de ouro com o nome “Mellody” gravado, era coisinha mais linda do mundo, só perdia para sua filha. – viu só? – sentou deitando ela nas pernas, a pequena mantinha a mãozinha na boca e olhava para o pai. – deixa o papai colocar em você. – ele disse colocando a pulseira no bracinho dela. – que bracinho grosso hein? – ele sorriu todo derretido ao ver ela dando um sorrisinho. – até o anel do papai deve passar nesse bracinho... – tentando abotoar a pulseira, mas ela não se aquietava. – deixa o papai prender meu amor. – ele disse prendendo por fim. – pronto! – ele disse satisfeito. – que linda! – vendo a pulseirinha no bracinho dela. Mellody fez um biquinho, mas não de choro. – tá fazendo biquinho? – ele sorriu. – deixa o papai mostrar o brinquinho. – ele pegou outra caixinha dentro da sacola e abriu, vendo duas bolinhas minúsculas de ouro. – não vai doer nada. – ele deu um sorrisinho nervoso. – bom, eu acho.

Lua saiu do banheiro apenas com um roupão.

Lua: droga, eu esqueci meu shampoo. – viu Fernando segurando uma caixinha. – o que é isso?
Fernando: presentinho pra laura. – ele sorriu de canto. – vem ver a pulseirinha que eu comprei pra ela. 

Lua se aproximou e viu a pulseirinha.

Lua: onw que linda... – disse com os olhos brilhando. – o que está escrito?
Fernando: Mellody. – Lua pegou no bracinho da filha pra ver melhor a pulseira.
Lua: e será que não vai irritar a pele dela? – disse preocupada.
Fernando: não, é feito especialmente para bebês. – Lua relaxou.
Lua: e isso aí, o que é? – apontando outra caixinha.
Fernando: o brinco. – os dois fizeram uma careta de dor. 
Lua: não acha que está muito cedo pra furar? – ela disse olhando a pequena com pena.
Fernando: o vendedor falou que quanto mais cedo melhor. – Lua engoliu o seco.
Lua: eu não quero ver isso! – ela negou com a cabeça.

a enfermeira chegou. 

enfermeira: vim buscar essa mocinha. – sorriu.
Fernando: claro. mas escuta... – a enfermeira o encarou. – eu quero saber se eu posso chamar alguém pra furar a orelha dela?
enfermeira: bem, temos uma pessoa que fura. – ela disse abrindo um sorriso. – vocês estão com o brinco?
Lua: ele trouxe... – com uma cara de choro. – eu não quero ver isso. – disse encostando-se à cama.
enfermeira: muito normal... – rindo. – pode me acompanhar? – perguntou a ele, que assentiu.

...

Fernando: ela ficou tão linda de brinquinho, mais chorou tanto tadinha
Lua: eu quero vê-la de brinquinhos...e amor sabe o que eu tava pensando?
Fernando: o que amor?
Lua: temos uma responsabilidade primordial até o dia do casamento dela. 

ele sentiu o maxilar travar. 

Fernando: ela não vai casar. – disse com um bico de choro. – dá pra parar de falar isso caramba, minha princesinha mal nasceu e já estão querendo casar ela? 
Lua:mas eu não disse nada. – espantada com o exagero de Fernando, que agora se atracava à cobertinha da filha. cheirando-a.
Fernando: olha, ela ainda é um bebezinho. cheira a talquinho e lavanda. – disse pegando a bolsinha do bebê que estava por ali e pegando as fraldinhas descartáveis minúsculas que estavam dentro da mesma. – ainda usa fraldas, ainda faz xixi na fralda! – ele mostrou e Lua suspirou.

Lua: ta bom Fernando, eu já sei... – ela disse achando engraçado. 

Fernando: nenhum safado vai se aproximar do meu bebezinho, só por cima do meu cadáver. e outra, eu vou comprar uma arma! – ele disse apontando pra si mesmo. – quem fizer minha filha chorar, eu mato.

Lua não aguentou e espocou na gargalhada, ele a encarou com cara de idiota. ela ria que rolava.

Fernando: tá rindo de que hein Lua Maria? – ele passou a mão no rosto. – dá pra contar a piada que eu quero rir também?
Lua: ok Fê, ninguém vai se aproximar do seu bebezinho... – disse puxando ele pra perto dela. – mas você fica muito engraçado quando tá com todo esse ciúme. não precisa disso. – sorrindo lindamente.
Fernando: mas eu não vou deixar nenhum engraçadinho tirar a inocência da minha princesinha, se eu souber eu arranco o saco do miserável. – disse com um biquinho triste. 

Lua achou muito engraçada a cara dele. estava triste, mas falava como se fosse matar um.

Lua: mas você tirou a minha inocência e nem por isso o papai te matou ou arrancou seu saco certo?

Fernando: isso não vem ao caso... – ele deu um risinho.

Lua: ah, vem sim. – assentiu com a cabeça. – um dia isso vai acontecer, você querendo ou não. – disse erguendo a sobrancelha. – nossa filha vai arrumar um namoradinho... – ele rolou os olhos. – e os dois vão se apaixonar, vão ter uma linda historia de amor... – disse sonhadora. – e depois vão se casar... 
Fernando: mas isso vai acontecer quando ela tiver com noventa e nove anos...
Lua: claro que não, eu quero casar uma moça, não uma múmia. – ela rolou os olhos e ele riu.

(...)

alguns dias depois.
Lua já tinha enfim recebido a sua tão esperada alta, estava chegando em casa aliviada, não aguentava mais ficar no hospital. Mellody vinha atrás no colo de Fernando

Mel estava uma gracinha, estava com a saída de maternidade que a mãe de Lua tinha dado, o lindo vestidinho rosa com desenhinhos de pirulitos e bolas, usava uma travessinha rosa, com um lacinho no canto, ela era a coisinha mais linda do mundo, agora dava pra notar com quem se parecia, e ela era a cara de Fernando. os olhinhos eram castanhos claros, quase puxando para o mel, e a boquinha extremamente vermelhinha, o narizinho era de Lua, a única coisa que puxou da mãe. 

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