segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Amor em Jogo


Capítulo  2-


#ComFernando

#POVFernando
Fiquei lembrando do dia que nos conhecemos:

Londres, 24 Janeiro de 2010.

Fernando:  Diana, eu não tenho tempo para isso, por favor! - disse, áspero, depois da quarta vez em que ouvi minha irmã dizer a mesma coisa ao telefone.
Diana: Fernando:  , é seu sobrinho! Eu estou do outro lado da cidade, dá para você levantar sua bunda malhada do sofá, largar sua cerveja e buscá-lo no colégio para mim? São dez minutos! Eu estou numa fila imensa do supermercado, e ainda tenho que apanhar a Alicia no futebol, fazer o jantar e...
Fernando:  :TÁ! - gritei, fazendo a curva com o carro. - Chega, tá bom, eu pego o moleque na escola!
Diana:MOLEQUE? - ela rosnou. – Fernando RONCATO,olha como fala!
Fernando:  Ah, Diana, dá um tempo! - ri, sarcástico. - Tô indo para lá. É bom que você cozinhe algo muito bom para esse jantar, porque você está atrapalhando meus planos!
Ela riu.
Diana:Qual a vaca da vez?
Fernando: DIANA! - dessa vez eu que berrei. - Para de chamar minhas garotas de vacas, pelo amor de Deus!
Diana: Você acabou de usar o plural, Fernando:   - ela riu alto com meu silêncio. - Ok, preciso de um frango inteiro!
Fernando:  O quê? - franzi a testa, e Diana riu novamente.
Diana:Estou falando com o açougueiro, palerma! - palerma? Que porra de palavra era aquela? - Não deixe meu filhote esperando! Falo com você depois, beijos!
Ela não esperou resposta.
Bela merda eu tinha me metido. Já estava quarenta minutos atrasado para encontrar com Saphira (nome exótico para uma modelo exótica da Indonésia), e ela cortaria meu pescoço fora. Antes meu pescoço do que meu fernandinho.

Estacionei meu carro em uma vaga próxima ao colégio de Ricky, meu sobrinho. Por mais que não pareça, adoro aquele moleque. Ele tem só quatro anos, mas é genial! Foi muito difícil para minha irmã e Steve no começo. Ricky é um garoto especial, posso assim dizer. Ele nasceu com síndrome de down, e Diana e Steve tiveram que virar suas vidas ao avesso para poder cuidar dele. O colégio em que ele estuda atende apenas crianças especiais, e eu sempre me senti meio estranho nas vezes que tive que buscá-lo. É inevitável, não consigo não ter dó daquelas crianças, mesmo estando todas felizes e bem cuidadas. Sempre fico pensando que teriam oportunidades muito mais fodas se... Bom, se fossem... Normais, sabe?
Pode gritar “Preconceituoso de merda!” para mim agora.
Juro que não se trata disso. Apenas queria que meu moleque pudesse ter todas as chances, entende?
Quando me aproximei, a calçada estava estranhamente vazia, denunciando que eu devia estar bem atrasado. O que não é culpa minha, e sim do caos que é o trânsito de Londres - e de Saphira, que gritou três horas na minha orelha.
Andei até o portão.
Porteiro: Ei, você é o... - o porteiro abriu um sorriso imenso, e eu assenti.
Fernando:  Nando Roncato o cumprimentei. - Torcedor do Blues?
Porteiro: Fanático! - ele riu. - Está perdido?

#ComLua
No dia que o vi pela 1° vez ele foi buscar o Ricky e estava falando com o porteiro cheguei La ele falava a seguinte frase:
Fernando:  Não. Na verdade, vim buscar meu sobrinho - sorri ele encarou o relógio de parede. - Acho que estou um pouquinho atrasado.
Eu: Um pouquinho? 40 minutos um senhor –Ele me encarou-
Fernando: Desculpe, o trânsito essa hora é um caos! - disse e maneira educada. Ei ainda o encarava com um olhar que já era familiar. Já sabia quem era!
Eu: Tanto fa... – parei no meio da frase, encarando o porteiro, que parecia me recriminar. - Digo... Tudo bem. - prossegui, contrariada. - Vou buscar o Ricky.
Depois de alguns minutos voltei com Ricky
#POVFernando:
Quando ela chegou com Ricky
Ricky:TIIIIIIIIIIIIIIOOOOOOOOOOOOOOOO
Eu: Fala, moleque! - o abracei, levantando-o. - Sua mãe pediu pra eu te buscar hoje!
Ele apenas sorriu. Não era de muitas palavras.
Percebi que a garota também sorria.
Eu:  Vamos pra casa, bonitão? - perguntei e ele riu.
Ricky :Vamos!
Encarei-a novamente, depois olhei Ricky.
Eu:  Dá tchau pra sua professora, moleque! - a olhei, com a sobrancelha erguida. - Qual o nome dela?
Eu não olhava para a criança.
Ela riu, puxando Ricky para seu colo e dando um beijo em sua bochecha.
Opa, quase invejei essa.
Lua: Tchau, amorzinho! - falou com uma voz tão doce que tive vontade de levá-la pra casa também. - Ahn, você pode avisar para a Diana que fiz algumas observações na agenda do Ricky?
Sorri de lado. Sabia que aquele sorriso tinha o poder.
Eu:  Posso, claro - respondi prontamente, e ela ia abrir a boca para agradecer, quando a interrompi. - Se você me disser seu nome.
A garota gargalhou. E eu gostei da risada dela.
Quando estava saindo ela disse:
Lua: Tchau Roncato!
Eu: não é justo saber meu nome e eu não saber o seu!
Lua: A vida não é justa! Já ouviu essa frase jogador?!


#Continua 
  
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